sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Salver o ser humano

Em tempos conturbados como os que vivemos, é comum a promoção de campanhas que tenham o objetivo de conscientizar a humanidade de que é necessária uma mudança drástica de hábitos e costumes no presente para evitar danos maiores no futuro. O que existe por toda parte são movimentos que gritam “salvem a natureza”, “salvem as baleias”, ou ainda “salvem o planeta”. Sendo assim, lanço uma nova campanha e, sem pestanejar, grito: SALVEM O SER HUMANO!

Pra começar, devolvam os seres humanos ao seu habitat natural. Humanos não nasceram para viver em cativeiros e nem trancafiados dentro de seus lares; não nasceram para o cárcere causado por seus próprios medos, angústias e frustrações. Salvem o ser humano da prisão das drogas, da escravidão do sexo, do esquecimento do amor. Salvem a humanidade da cela chamada sofrimento e da gaiola chamada ciúme! Um ser humano engaiolado fugirá da realidade ou morrerá por dentro. Salvem o ser humano da morte em vida.

Talvez seja necessário rever também a alimentação correta dos seres humanos. Nenhum de nós vive de vento, de brisa. Humanos se alimentam de sonhos, de esperanças... Andam propagando por aí que a nova dieta que conduz a felicidade é “ser de todo mundo e não ser de ninguém”. Esse é daqueles regimes que produzem um alívio momentâneo, contudo, causam grandes estragos depois. Um ser humano não deve nunca se alimentar de rancor, ódio, desilusões e tão pouco de sonhos perdidos. Salvem o ser humano de alimentar-se de sexo.

Salvem o ser humano da doença! Segundo o Dr. Dráuzio Varella, se não quisermos adoecer, devemos falar de nossos sentimentos, tomar decisões, buscar soluções, aceitar-se e etc. Ele mesmo explica: “Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. (...) Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre dar a impressão de estar bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho. Está acumulando toneladas de peso”. Salvem o ser humano da devoção à beleza.

Enfim, salvem o ser humano de ser seu próprio algoz, de não se permitir começar de novo, de não achar graça em si mesmo. Salvem o ser humano da destruição do amor próprio; salvem-no daquela velha mania de não se deixar ajudar, de se deixar escravizar por hábitos e pessoas. Salvem o ser humano do preconceito, que soterra aos pouquinhos nossa visão sobre o que os outros realmente são. Salvem a humanidade da não contemplação do pôr do sol, de não ver a beleza da vida. Salvem o ser humano de procurar apenas o que os olhos podem ver, de basear-se em prazos para gostar. Salvem o ser humano da fuga da própria realidade. Salvem os seres humanos de perderem a partida para si mesmos.

2 comentários:

  1. acho o amanhecer mais belo do que o pôr do sol, mas enfim ... rs
    preciso mesmo procurar uma solução pra algumas das coisas que vc citou, principalmente começar a falar dos meus sentimentos, dos meus medos sem muito nexo, de não me deixar ajudar .....

    adorei ;*

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  2. Muito boa essa crônica amigo! Parabéns!
    To contigo. "Salvem o ser humano!"

    "Salvem o ser humano de procurar apenas o que os olhos podem ver, de basear-se em prazos para gostar. Salvem o ser humano da fuga da própria realidade. Salvem os seres humanos de perderem a partida para si mesmos."

    Essa parte diz mt coisa, e isso é visto em td parte e em mts pessoas q conheço.
    vamos nos salvar e salvar o proximo!

    Te amo amigo! abração de seu fã

    Pedrinho

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