segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ou vai, ou racha

Fala, amiga! Este e-mail, provavelmente, vai pegá-la de surpresa, mas, isso é o de “menos”. O de “mais” é que, desde que fiquei sabendo que você e o Guto tinham conversado, eu também fui pega desprevenida pela urgência em te dizer algumas estas coisas. Portanto, senta que lá vem bomba. Já explodiu aqui dentro faz tempo, no entanto, só agora me dei conta de que estava incendiando.
Você ainda se lembra daquela noite em que te apresentei o Guto? Tá lembrada da metralhadora de elogios sobre ele que disparei em sua direção, da força que minhas palavras tinham? Naquela noite, dentro daquela boate, eu te entreguei de bandeja o meu sonho ideal, a imagem do homem perfeito que minha imaginação se encarregou de construir, o rosto que minha saudade tinha desde a infância. Eu te dei o sorriso que eu queria pra mim.

Pelo amor de Deus, não pense que estou te condenando por ter ficado com ele, gostado, namorado, terminado e, agora, estar querendo recomeçar. Quanto a isso, fique tranquila. Diante desta afirmação, você deve estar se perguntando: “então, o que deu nesta louca?”. Eu respondo: me deu vontade de me dar pra alguém que só quer receber você como presente.

Somos amigas o suficiente para que a verdade não fique esmagada entre as entrelinhas de nossa amizade. Estou te confessando isso apenas para que você tenha noção de que nem sempre as pessoas serão transparentes ao revelar seus verdadeiros sentimentos, para que você compreenda que prestar atenção nos sinais da estrada pode evitar colisões que culminam em morte – na nossa morte.

Isso eu digo por experiência própria. Ando tão cansada destas baladas que a gente anda indo, onde todo mundo é de todo mundo e ninguém é de si mesmo – nem eu. Ando tão cansada de outras coisas também, como, por exemplo, desta minha mania de dizer a verdade quando deveria mentir e de fingir que estou à vontade, quando, na verdade, machuca. Meu amor próprio é quem tomou vida própria e pulou o muro.

Toda esta minha dedicação exagerada aos outros é uma forma de compensar a atenção que não consigo dar a mim mesma. Sou uma estrela cadente a espera de alguém que me veja passar em seu céu e deseje fazer apenas um pedido: ficar comigo.

Mas, voltando ao assunto, quero que saiba que, do fundo do coração, torço para que vocês sejam felizes. Desta vez será diferente se vocês não forem os mesmos. A vida é assim mesmo: ou vai, ou racha. Você foi, o que significa que me sobrou rachar. Rachar o bico de tanto chorar, rachar o CD na parede, rachar minha cisma em querer sonhar com quem ainda tem tanto a sonhar por aí.
No mais, saiba que não ligo mais de perder para você. Estou cansada é de perder para mim mesma.

3 comentários:

  1. Nossa! Eu nem sei oq dizer. Não saberia como agir em uma situação como essa.

    Gosto muito de vc Felippe e é pra sempre! ♥

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  2. essa eu já tinha lido :x
    nem tenho mt o que dizer, algo parecido já aconteceu cmg mas enfim .. águas passadas ...
    ficou linda a cronica,

    te amo (L)

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  3. Sou uma estrela cadente a espera de alguém que me veja passar em seu céu e deseje fazer apenas um pedido: ficar comigo...
    Lindo!!! e no fim das contas, nao competimos com ninguem mais com o nosso proprio eu!!

    Nd melhor q isso para percebermos tudo que perdemos!!!

    (Bárbara Terra)!!
    PS: Perfeito!

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