O som estava alto e a festa já tinha dezenas de corpos se chacoalhando, no ritmo eletrizante das músicas. De repente, notei que você lançava olhares perdidos para a pista de dança, meio que tentando encontrar, naquele mar de rostos bonitos, algum corpo que também conseguisse brilhar por dentro.
Aí, não posso negar que fiquei um pouco confuso, tendo sido inevitável questioná-lo se estava tranqüilo vislumbrar tantas possibilidades de desbravar outros mundos e, talvez, duvidar da certeza de já ter encontrado a terra certa. Sem titubear, você me respondeu: “Tá tudo legal. Estou muito bem acompanhado”.
Neste momento, acabei descobrindo mais um segredo seu: você carrega um arco íris dentro do olhar. Dizem que este símbolo marca uma aliança de Deus com a humanidade, uma promessa de que jamais haverá novamente uma catástrofe capaz de eliminar a vida no nosso planeta. O seu também é um pacto, firmado entre a beleza de dentro e a de fora, que prometeram que só se transformariam nas sete cores quando fossem capazes de brilharem juntas, sem que a deterioração de uma matasse a eternidade da outra. Hoje, este espetáculo está nítido no seu olhar. Basta um pouco de doçura para percebê-lo.
Na regra, todo arco íris é precedido por uma tempestade, mas até nisso você consegue ser exceção; o seu brilha a todo instante! Faça chuva ou faça sol nas estações climáticas da vida, você permanece com este quadro pendurado no rosto, emoldurado nos olhos, no entanto, tangível apenas àqueles que sabem enxergar pelo coração. Há quem olhe e não veja nada, pois é preciso muita audácia para ousar amar aquilo que os olhos não podem ver.
E tem também aquela velha história de que no final do arco íris tem um pote de ouro. Acho que era isso que todos procuravam ontem, naquela festa. Mas, ao contrário do que dizem as revistas e a televisão, o pote de ouro não pode ser tocado com as mãos: somente em pensamento é que se chega aos lugares mais bonitos. Por desconhecerem isso é que todos dançavam e se esfregavam e se beijavam como loucos, pois acreditam que o ouro está contido no pote do nosso corpo. Não é de se estranhar que, conseqüentemente, existam cada vez mais almas pobres, mendigas: essas se contentam com a frugalidade de um ouro falso, que derrete quando exposto ao sol do dia seguinte.
Já o seu pote de ouro é magnífico: está na extremidade entre uma cor e outra, ficando visível apenas a quem consegue coletá-lo, em moedas verdadeiras, através de cada sorriso dado.
As pessoas andam se queixando, dizendo que quase não se vê mais arco íris por aí. Que sorte a minha! Quando eu te encontrar de novo, terei ainda mais certeza de que não preciso esperar chover para ver um.
Aí, não posso negar que fiquei um pouco confuso, tendo sido inevitável questioná-lo se estava tranqüilo vislumbrar tantas possibilidades de desbravar outros mundos e, talvez, duvidar da certeza de já ter encontrado a terra certa. Sem titubear, você me respondeu: “Tá tudo legal. Estou muito bem acompanhado”.
Neste momento, acabei descobrindo mais um segredo seu: você carrega um arco íris dentro do olhar. Dizem que este símbolo marca uma aliança de Deus com a humanidade, uma promessa de que jamais haverá novamente uma catástrofe capaz de eliminar a vida no nosso planeta. O seu também é um pacto, firmado entre a beleza de dentro e a de fora, que prometeram que só se transformariam nas sete cores quando fossem capazes de brilharem juntas, sem que a deterioração de uma matasse a eternidade da outra. Hoje, este espetáculo está nítido no seu olhar. Basta um pouco de doçura para percebê-lo.
Na regra, todo arco íris é precedido por uma tempestade, mas até nisso você consegue ser exceção; o seu brilha a todo instante! Faça chuva ou faça sol nas estações climáticas da vida, você permanece com este quadro pendurado no rosto, emoldurado nos olhos, no entanto, tangível apenas àqueles que sabem enxergar pelo coração. Há quem olhe e não veja nada, pois é preciso muita audácia para ousar amar aquilo que os olhos não podem ver.
E tem também aquela velha história de que no final do arco íris tem um pote de ouro. Acho que era isso que todos procuravam ontem, naquela festa. Mas, ao contrário do que dizem as revistas e a televisão, o pote de ouro não pode ser tocado com as mãos: somente em pensamento é que se chega aos lugares mais bonitos. Por desconhecerem isso é que todos dançavam e se esfregavam e se beijavam como loucos, pois acreditam que o ouro está contido no pote do nosso corpo. Não é de se estranhar que, conseqüentemente, existam cada vez mais almas pobres, mendigas: essas se contentam com a frugalidade de um ouro falso, que derrete quando exposto ao sol do dia seguinte.
Já o seu pote de ouro é magnífico: está na extremidade entre uma cor e outra, ficando visível apenas a quem consegue coletá-lo, em moedas verdadeiras, através de cada sorriso dado.
As pessoas andam se queixando, dizendo que quase não se vê mais arco íris por aí. Que sorte a minha! Quando eu te encontrar de novo, terei ainda mais certeza de que não preciso esperar chover para ver um.