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Talvez ninguém esteja entendendo o por que de escrever uma crônica sobre uma ficção exibida pela TV tempos atrás. Transferindo a fantasia para a realidade, penso na relação entre os amigos de hoje em dia. Lembro com saudade de alguns queridos amigos que embarcaram em outro trem e deixaram tão somente a dor da saudade aliada a um gostinho de “quero mais”; aliás, quem não mantém intacta tais lembranças? A amizade tem dessas coisas. Se realmente entendessemos o valor e sacralidade que cercam a palavra AMIGO, muitas rupturas seriam evitadas e muitas dores economizadas.
Um amigo não aceita somente as qualidades do outro; pelo contrário, não se pauta nas virtudes para amar, porque tal atitude é fácil de ser tomada. Um amigo compreende os defeitos e sabe que todo mundo erra e merece a chance de acertar. Um amigo sente a dor do sonho desfeito na hora “H”, passa a limpo os tropeços do passado e ajuda na construção de um presente melhor. Um amigo permite até que a gente pense em voz alta na sua presença, sem limitar ou taxar como ridículas nossas exclamações. A amizade não nos enriquece pelo que ganhamos, mas pelo que um verdadeiro amigo revela a respeito de nós mesmos.
Uma amizade não se quebra facilmente! Sendo verdadeira, não se quebra nunca. O que fascina nessa relação, quando vivida intensamente sem máscaras ou falsidades, é a frase: “Sei tudo sobre você e ainda assim, o amo”. Um verdadeiro amigo não desculpa; perdoa. Não grita; fala. Não ofende; repreende. Não agride; ajuda. Um amigo não aconselha apenas sobre como agir; dá pitaco sobre aquela viagem planejada, ajuda nos preparativos do casamento e empresta o ombro em um momento de necessidade. Sabe aquele amigo que te dá carona de vez em quando? Ele também deve te levar pra conhecer o mundo dele e topar conhecer o seu.
A amizade é uma extensão do amor. Já vi amigos homens que envergonham-se de gritar por aí que entre eles existe amor. Pura tolice! Tenho um grande amigo chamado Thiago Cardoso, que me incentivou a traçar essas linhas, a quem mando um forte abraço. Antigamente, antes de iniciar minhas atividades profissionais, costumavamos caminhar juntos todas as manhãs. Ele, assim como Frank, me ensinou algo: um amigo não caminha apenas pelas lojas. Te acompanha em silêncio na dor, entra na pelada contigo e sai do fracasso ao seu lado. Já recebi grandes conselhos na vida, mas um de Bia, personagem interpretada por Denise Fraga na minissérie citada, ficou guardado e compartilho: “Não é o que você vive que importa, mas o modo como escolhe viver”. Até mais, queridos amigos.